quarta-feira, 5 de outubro de 2011

An unforgettable inspiration - Part III

Um olhar teu, um gesto teu, um sorriso teu. Não tenho o papel e a caneta, mas a inspiração é demasiado forte para não conseguir escrevê-la num ápice momentâneo de um fulgor criativo e apenas movido pelo sangue sentimental que corre pelas minhas veias. Uma palavra minha e apenas observo um sorriso a soltar-se, prolongado, ténue na racionalidade desaparecida, forte no sentimentalismo que transparece pelos poros da tua face suave ao toque e bela ao olhar. Um gesto meu e apenas sinto a tua respiração tornar-se num suspiro realizado, num olhar fechado sentindo algo místico que se comunica por entre as pontas de uns dedos que tocam na fineza de fragilidade e originalidade do teu pescoço frágil. Um banco, um simples banco improvisado na noite eterna onde o calor desapareceu, o frio se instalou num feudalismo reinante, mas para sempre aplacado por um abraço de um sentimentalismo torpe incontrolável. Uma despedida incontável nos instantes perdidos naquele abraço que não se quer interromper, por onde duas mãos perdidas no espaço se tocam levemente nos dedos entrelaçados. Uma noite perdida na memória que não se esquece, a barreira que cai, o sentimento que surge por um simples gesto que depois se torna em palavras. Gestos contínuos que vão ao encontro do romantismo inevitável e do feitiço lançado que se instalou. Um nome cravado, lentamente, gradualmente, fortemente, nas ruas do coração para de lá não sair.


2011-10-05
15h50

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